Documento Raro - 1957

*Importantíssimo documento que concedia a Jayme Cortez a naturalização brasileira.
**Curiosidade: A assinatura do documento é da autoridade máxima do país na época - Presidente Juscelino Kubitschek!

Enido Michelini


Lembrei de duas histórias hilárias do Jayme. Numa delas sacaneamos juntos o português do Bar Costa do Sol que ficava bem em frente do prédio dos Diários Associados na Sete de Abril.
A outra era uma que ele contava que fez com o Zaé Junior quando eles trabalharam juntos num jornal, acho que era a Gazeta.

Na primeira história, a gente notou que o pessoal chegava no Costa do Sol, sentava, pegava aqueles ovos cozidos coloridos, batendo no balcão para tirar a casca e ir comendo como aperitivo. Então, compramos uns ovos, pintamos com ecoline e colocamos junto com os outros na surdina. No dia seguinte, soubemos que foi um Deus-nos-acuda e o português até hoje não sabe quem fez a brincadeira.

O segundo causo foi assim: o Zaé tinha feito uma ilustração para um conto que seria publicado no jornal mas antes do fechamento, à noite o Jayme desenhou mais um dedo na mão do personagem, bem visível. Passou muito tempo para o Zaé descobrir que o "erro" não tinha sido dele, ha, ha.

Cortez e seu "Happi"

"O Mestre veste um happi, e na gola está escrito: "fuurinkazan", que significa numa palavra só: vento, floresta, fogo e montanha. Trata-se de uma frase que resume a tática de guerra do samurai, criada pelo grande guerreiro Takeda Shingen: "mova-se rápido como vento, permaneça em silêncio como floresta, ataque tão ferozmente como o fogo, e defenda-se firme como uma montanha.
Tem tudo a ver com o Grande Mestre, que foi um grande guerreiro por lutar pela arte no Brasil."

Um abraço
Francisco N. Sato
Diretor Abrademi - Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações

Foto: Wagner Augusto
Acervo Fabio Moraes